A Copa do Mundo disputada no Catar apresentou diversas inovações tecnológicas para minimizar erros. São exemplos a tecnologia semi-automática de impedimento e a bola recarregável por tomada, que foi alvo de intensa discussão no gol do Japão sobre a Espanha, ainda na primeira fase do mundial.
Há alguns anos, o VAR – também conhecido como “árbitro de vídeo” – foi introduzido na regra do jogo para que lances capitais como faltas violentas, possíveis pênaltis, anulação de gols e impedimentos fossem vistos além dos olhos do juiz principal.
“A evolução do futebol está diretamente ligada ao salto tecnológico que as ferramentas utilizadas apresentaram. Todos os envolvidos, entre atletas e torcedores ganharam com isso, e por trás de diversas dessas utilidades tecnológicas, estão tecnologias como Inteligência Artificial e o Big Data”, explica João Gabriel, fundador da Compass Tech e Top Voice do LinkedIn.
Não apenas ligada a decisões de arbitragem, a tecnologia historicamente participa da evolução do esporte como um todo. Abaixo, confira alguns exemplos em que a tecnologia proporcionou a melhora do futebol para os atletas, comissões técnicas e também para os torcedores.
Equipamentos
O nível que o futebol profissional alcança atualmente passa muito pela evolução dos equipamentos que os atletas começaram a utilizar com o avanço da tecnologia. Chuteiras mais leves, e que absorvem mais o impacto do contato ajudam a potencializar a habilidade vista em campo.
Outro grande exemplo está no principal artifício do jogo: a bola. Se no passado ela tornava-se difícil de controlar em situações de alterações climáticas, como chuva e vento, até por conta dos materiais utilizados para construção da mesma, em 2022 elas são produzidas com materiais que as tornam mais leves e completamente utilizáveis em qualquer situação de clima, e mais do que isso, elas se tornaram parte importante da minimização de erros no esporte, possuindo chips que alertam sobre gols ou se a bola saiu fora ou não das “quatro linhas” em determinado lance, como já visto na Copa do Mundo.
Análise de desempenho e dos adversários, além de prevenção e tratamento de lesões
A evolução tática e técnica do futebol tem passado diretamente por quatro elementos nos últimos anos. Com o auxílio de tecnologias, como drones, análises por vídeo, mesas táticas e softwares, as comissões técnicas podem analisar o desempenho dos jogadores de seus times, carga física, além de checar a análise dos adversários, seus modos de jogo, suas preferências no ataque e na defesa.
Com a medicina não é diferente, a prevenção e tratamento de lesões, que muitas vezes tiravam jogadores dos gramados por muitos meses, se tornou algo mais simples. Hoje, com o auxílio de GPS que os jogadores utilizam, as comissões técnicas conseguem saber e prever o nível de fadiga ou uma possível lesão que um atleta está sujeito, assim como traçar um plano que acelere a recuperação do atleta.
Transmissões
A torcida é com certeza parte do espetáculo que o futebol proporciona, mas nem todos podem ou mesmo cabem em um estádio para ver as partidas. Diante deste fato e guiados pela paixão intensa dos torcedores, as televisões ao redor do mundo passaram a investir nas transmissões de jogos.
A evolução tecnológica nas transmissões é notável. Tira-teimas para impedimentos, câmeras com resoluções cada vez maiores para acompanhar lances duvidosos e mesas táticas para melhor entendimento do torcedor são alguns dos exemplos de ferramentas adicionadas com auxílio da tecnologia.
Tecnologia da linha do gol
Inglaterra e Alemanha coincidentemente estão envolvidas nos dois lances mais polêmicos da história das Copas do Mundo, se tratando de bolas que passaram a linha do gol, mas não foram apitadas pelos juízes. Em 1966, a Alemanha saiu prejudicada, já em 2010, os ingleses.
A tecnologia da linha do gol foi utilizada pela primeira vez no Mundial de Clubes de 2012, ela possibilita a partir de câmeras conectadas a computadores se comunicar com o juiz principal, por meio de um alerta no relógio, que informa se a bola entrou ou não, definindo um gol ou indicando que a bola não entrou por completo.